Mentir, enganar e fingir: o preço da falta de caráter



 Qual seria a razão para as pessoas acreditarem que está tudo bem mentir, enganar e fingir? Seria algum problema no caráter ou naturalizaram esse comportamento desleal? São várias as perguntas que me faço para tentar compreender o tão ruim as pessoas podem se mostrar ser. Ao meu entendimento, a base de uma amizade é a confiança, então se tudo de ruim que existe podemos encontrar naquela pessoa, ela pode ser tudo, menos alguém que ande ao nosso lado.

 Por vezes, as palavras podem parecer crueis, mas é difícil achar que está tudo bem ver o outro mentir, passar por cima de qualquer coisa e acreditar que está tudo bem. Não dá pra relevar a falta de caráter, devemos ter ao nosso lado pessoas melhores que a gente, e não pior. O que você vai aprender com alguém que não tem nada de bom para retribuir?

 Nada é permanente, isso é um fato, mas não é nosso trabalho insistir ou esperar que o lixo podre se torne um luxo. Esse tipo de comportamento pode ter origem em uma sociedade que, em alguns aspectos, valoriza mais as aparências do que a integridade. Quando as pessoas veem vantagens momentâneas em mentir, enganar ou fingir, elas podem começar a naturalizar esses atos como meios válidos de alcançar o sucesso ou evitar conflitos. Muitas vezes, isso está relacionado ao medo de enfrentar a realidade, seja de suas próprias falhas ou da rejeição do outro.

Outro ponto é que muitos não se dão conta do impacto profundo que essa falta de honestidade pode causar nas relações. Quando uma mentira é descoberta, a confiança, que é difícil de construir, se dissolve em questão de segundos. E, uma vez quebrada, a confiança dificilmente volta ao que era antes. Isso faz com que qualquer amizade ou relacionamento que tenha como base o engano esteja fadado ao fracasso.

Manter ao nosso lado pessoas desleais e manipuladoras é como carregar uma âncora pesada que só nos puxa para baixo. Mesmo que a intenção inicial seja tentar "ajudar" ou acreditar que elas vão mudar, o custo emocional e psicológico muitas vezes não compensa. Cercar-se de pessoas que nos inspiram e que compartilham valores éticos sólidos é um investimento para a vida.

Por fim, aceitar o mínimo ou conviver com a mediocridade moral de quem nos rodeia não é uma atitude nobre, mas sim autossabotagem. Se o caráter de alguém não agrega em nossa jornada, é melhor deixá-lo seguir em um caminho separado, para que possamos continuar a crescer sem sermos contaminados pela falsidade e deslealdade.

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