Eu sempre bati na tecla de que nada é permanente, que tudo muda, que nada é para sempre, e que estava tudo bem. Porém, quando alguém que gostamos muito decide que já não somos mais importantes na vida dela, não é tão fácil aceitar. O que eu fiz de errado? Eu não sou bom o suficiente? Então quer dizer que ser bom para os outros não vale a pena? Por que as pessoas são tão orgulhosas? São muitos os questionamentos que fazemos e a pessoa favorita é a única que poderia responder por todos eles.
Entender o comportamento humano nem sempre é simples. Muitas vezes, as pessoas se afastam sem motivo aparente, não porque queremos algo de errado, mas porque cada indivíduo tem sua própria forma de lidar com prioridades e emoções. Essa falta de explicação pode gerar frustração, tristeza e até dúvidas sobre nosso próprio valor.
O sofrimento surge justamente dessa incapacidade de compreender plenamente o outro. É natural nos sentirmos magoados quando percebemos que alguém não nos coloca entre suas prioridades, especialmente quando dedicamos atenção, carinho ou tempo a essa pessoa. A dor não está apenas na ausência, mas na percepção de que nosso esforço e afeto parecem não ser reconhecidos.
É importante lembrar que nem sempre a falta de valorização está ligada a quem somos ou ao que oferecemos. Muitas vezes, é reflexo das escolhas, limitações e circunstâncias de cada pessoa. A vida nos apresenta relações que entram e saem, e isso não diminui nossa importância ou a capacidade de amar e ser amado.
Aceitar essa realidade é um desafio constante, mas necessário. Compreender que não podemos controlar a prioridade que os outros nos dão ajuda a reduzir a frustração e a fortalecer a autoconfiança. Valorizar-se, reconhecer o próprio valor e escolher estar ao lado de quem também nos valoriza é a maneira mais saudável de lidar com essas situações.
