O ministério de Jesus avançava rapidamente, e Sua popularidade crescia à medida que Ele realizava milagres e ensinava sobre o Reino de Deus. No entanto, Ele sabia que Sua missão não seria cumprida sozinho. Precisava de homens que não apenas o seguissem, mas que também compartilhassem o peso de Sua obra e continuassem sua missão após Sua partida. Foi nesse contexto que Jesus escolheu os doze apóstolos, um grupo de seguidores mais próximos, que se tornariam os pilares da igreja primitiva e os mensageiros do evangelho.
A Escolha dos Doze Apóstolos
Em um momento de oração intensa e profunda, Jesus passou toda a noite em um monte, buscando orientação do Pai sobre a escolha dos homens que seriam Seus discípulos mais próximos. Quando o dia amanheceu, Ele desceu da montanha e chamou doze homens, a quem nomearia apóstolos. Esses doze seriam os escolhidos para andar com Ele, aprender de Seus ensinamentos e, no futuro, espalhar a mensagem do Reino de Deus.
A escolha dos apóstolos é significativa, pois eles não eram figuras proeminentes ou líderes religiosos de destaque na sociedade da época. Ao contrário, muitos eram pescadores, trabalhadores comuns, sem grande influência ou status. Jesus escolheu homens de diferentes origens e temperamentos, mostrando que o Reino de Deus não é para os poderosos e ricos deste mundo, mas para aqueles que têm um coração disposto a seguir a Cristo.
Os nomes dos doze apóstolos são:
- Simão Pedro
- André (irmão de Pedro)
- Tiago (filho de Zebedeu)
- João (irmão de Tiago)
- Felipe
- Bartolomeu
- Mateus (o publicano)
- Tomé
- Tiago (filho de Alfeu)
- Tadeu
- Simão, o Zelote
- Judas Iscariotes, que mais tarde trairia Jesus.
Cada um desses homens foi chamado pessoalmente por Jesus, e juntos formariam a base do ministério de evangelização que se espalharia pelo mundo.
O Relacionamento de Jesus com Seus Discípulos
A relação de Jesus com Seus apóstolos era muito mais do que um mestre que ensina e discípulos que aprendem. Havia uma comunhão profunda, marcada pela confiança, pela paciência e pelo amor incondicional. Jesus dedicava tempo para ensiná-los, para explicar os mistérios do Reino de Deus, e para moldá-los de acordo com a Sua vontade. Além disso, Jesus os envolvia ativamente em Seu ministério, permitindo-lhes participar de Seus milagres e ensinar junto com Ele.
Jesus sabia que a missão dos apóstolos seria desafiadora. Eles seriam enviados para um mundo que rejeitaria muitas de suas mensagens e que, eventualmente, se voltaria contra eles. Por isso, Ele os preparava não apenas com palavras, mas também com exemplos práticos, mostrando-lhes como viver em humildade, em serviço e em amor.
Os Ensinamentos de Jesus sobre o Discipulado
Em meio ao Seu relacionamento com os discípulos, Jesus começou a dar instruções claras sobre o que significava ser Seu seguidor. O discipulado, para Jesus, não era uma simples adesão a uma ideia ou filosofia, mas um compromisso total com Ele e com o Reino de Deus. Ele falava sobre a importância de renunciar ao ego, carregar a própria cruz e seguir a Sua liderança. Jesus desafiava Seus discípulos a viver de maneira radicalmente diferente do mundo, a serem humildes, a amarem seus inimigos e a praticarem a justiça de Deus.
Ele também advertia sobre as dificuldades que eles enfrentariam. Ser discípulo de Jesus não era fácil. Implicava sacrifícios, perseguições e a necessidade de viver de acordo com os valores do Reino, que frequentemente entravam em conflito com as normas da sociedade. Jesus, no entanto, assegurava que a recompensa de seguir a Ele era incomparável, pois o Reino de Deus oferecia uma vida abundante e eterna.
Os Primeiros Milagres e Ensinamentos aos Apóstolos
Enquanto ensinava sobre o discipulado, Jesus também realizava mais milagres na presença de Seus apóstolos, dando-lhes provas tangíveis do poder de Deus. Ele curava os doentes, libertava os oprimidos e acalmava tempestades. Ao fazer isso, Ele não apenas cumpria Seu ministério, mas também ensinava Seus discípulos a confiar Nele e a ver o mundo com os olhos do Reino de Deus.
Em uma ocasião, depois de um milagre, Jesus instruiu Seus discípulos sobre como eles deveriam se comportar ao serem enviados em missões futuras. Ele deu orientações práticas, dizendo-lhes para ir de dois em dois, levar nada consigo, mas confiar na providência de Deus. Eles deveriam curar os doentes, expulsar os demônios e pregar a chegada do Reino de Deus.
A escolha dos doze apóstolos marca um ponto crucial no ministério de Jesus. Ele estava formando a fundação sobre a qual Sua Igreja seria edificada. Os apóstolos, com todas as suas falhas e limitações humanas, foram os escolhidos para espalhar a mensagem do Reino de Deus ao mundo. Jesus os ensinou não apenas com palavras, mas com ações, e preparou-os para a missão que, por um tempo, eles desempenhariam juntos. Ao fazer isso, Ele nos deu um exemplo de como devemos viver o discipulado hoje: com humildade, obediência, amor e dedicação à missão de levar o evangelho até os confins da terra.
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