Tornando-se cada vez mais conhecido pelo grande público, a consagração chegou em 1992 com a personagem Vera Verão, criada por ele para o programa “A Praça É Nossa”, do SBT. “Êpa! Bicha Não!”, que acabou virando bordão, como um pedido de respeito sempre que entrava em alguma discussão. O jeito espalhafatoso, bem diferente da sua personalidade reservada da vida real, conquistou o público e permitiu que ele ficasse no ar por dez anos.. Com 1,93 de altura e muitos escândalos na bagagem, Vera Verão trouxe um humor inteligente, malicioso e imponente, levando a plateia ao delírio.
Fora da tela da TV, seu outro palco era a passarela do samba, marcando presença como destaque em carros alegóricos de escolas do Rio de Janeiro e de São Paulo. Na maioria das vezes, seminu. E foi em cima de um carro alegórico da Beija Flor de Nilópolis, que Lafond conquistou outro de seus pioneirismos, como o primeiro homem e negro a realizar tal feito. O enredo da escola era “Todo Homem Nasce Nu”.
Em 2002, em seu último Carnaval, em São Paulo, conquistou mais uma primeira vez, desfilando como o primeiro homem a ser rainha de bateria na Unidos de São Lucas. Jorge Lafond morreu de infarto fulminante após sofrer falência múltipla dos órgãos no dia 11 de janeiro de 2003. Em 17 de novembro do ano anterior, ele foi internado em estado grave com problemas cardíacos. No dia 28 do mês seguinte, sofreu uma parada cardiorrespiratória e desenvolveu uma crise renal, comprometendo de vez seu estado de saúde.
O artista faleceu em São Paulo, aos 50 anos de idade. Um ano depois, após sua morte, ele permanece na avenida, com a criação do Troféu Jorge Lafond, para premiar os destaques do Carnaval carioca, pela escola de samba Acadêmicos do Cubango, de Niterói.
O que sabemos é que Jorge Lafond em algum lugar do Brasil abriu espaço para outras crianças e adolescentes pudessem se olhar no espelho e saber que não estavam sozinhos, que podemos ser fortes sendo quem somos, independente da sexualidade e da cor da pele: Todos merecemos respeito!
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