Mariana parecia acreditar no que Vitória acabara de contar.
— Idênticos?
— Sim, como clones. O Gabriel é extremamente lindo; ver dois dele me deixou arrepiada.
— Claro que não! Já ouviu falar que existe alguém idêntico a nós em algum lugar do mundo? As chances de encontrarmos essa pessoa são quase nulas.
— Sinceramente, não sei como reagiria nessa situação... Devemos ir ao hospital ver como ele está.
— Com certeza ele está bem.
— E você é tão calma. Meu coração está a mil...
No hospital, Carolina deixou o motoqueiro com Lucas e correu para o quarto do filho.
— Desculpe, minha mãe está muito nervosa por causa do Gabriel!
— Tudo bem, eu entendo... Foi uma loucura o que aconteceu.
— Prazer, Lucas!
— Zé Felipe! — Ele respondeu com um sorriso.
— Nossa... Vocês são idênticos!
— É uma situação insana. Aqui no hospital, conferindo os documentos, descobrimos que nem no mesmo dia nascemos.
— Estou pasmo!
De fato, todos que conheciam Gabriel ficaram surpresos. Ninguém esperava um impacto tão grande.
— Você viu que o médico disse que você era irmão do Gabriel?
— Quando fui fazer a ficha no hospital, eles não perguntaram, então decidi não complicar.
— E o Gabriel, está bem?
Zé Felipe acenou com a cabeça afirmativamente.
— Graças a Deus!
Lucas e Zé Felipe aguardavam na recepção por Carolina. Como Gabriel estava adormecido, não fazia sentido para Carolina ficar no quarto, então ela retornou à recepção e, ao ver o motoqueiro ainda lá, pediu para conversar com ele.
— Vou ser direta com você. Prefiro que você fique longe do meu filho! Ele é uma pessoa boa e sua proximidade pode arruinar tudo. Não te conheço, mas você não parece ser uma influência positiva, é nocivo para ele. Desculpe, mas preciso proteger meu filho!
— Ok. — Ele respondeu e partiu.
Zé Felipe foi até o setor de faturamento do hospital.
— Em que posso ajudar?
— Gostaria de pagar todas as despesas do paciente Gabriel Mendes.