Com a pandemia, se intensificou a nossa sensação de solidão, foram amplificadas nossas necessidades de carinho e atenção. O que faremos agora? Eu juro que procurei dar os sinais, de dizer que não estava bem e que eu precisava de um pouco mais. Dizem que precisamos falar como estamos nos sentindo e que assim as pessoas podem fazer algo a respeito, mas eu gritei e as pessoas que diziam sempre me escutar, pareciam não ter ouvidos.
Preciso de coisas novas, de gente nova e de um ambiente novo. Aos meus olhos, é possível que a gente vá atrás dessa mudança, mesmo em uma pandemia, a vida é agora e minha saúde também. Tem coisas que não podemos esperar, e a necessidade de se sentir acolhido é uma delas, não dá para esperar que alguém que sabia da urgência decida quando vai ser a hora. A gente se machuca e ficar sozinho trás novas tonalidades no machucado.
Comparação é um problema muito grave, e infelizmente muito comum. São incontáveis as pessoas que acreditam que, se ela consegue, então o outro também vai conseguir. Com esse pensamento, ela acredita que ser distante, que ser ignorante e que ser ausente possa ser um tanto faz, já que pra ela não importa muito.
Eu juro que compreendo alguém frustrar o outro por não saber qual era o desejo dele, mas quando você sabe do que a outra pessoa precisa, se você falha, qual é a justificativa? Algumas pessoas podem pedir desculpa quando erram, mas é incompreensível repetir aquele erro. Temos que enraizar a desculpa como um reconhecimento e aprendizado, de que não vamos fazer isso de novo.
Por hora, é melhor descansar, um novo dia vem surgindo e com ele uma nova oportunidade de ser melhor. Não tenho a mínima ideia do que eu quero, mas sei exatamente o que eu não quero mais! Talvez eu encontre um emprego novo, conheça pessoas novas e veja o por do sol em um novo ângulo, o importante é a experiência.