Cada vez mais se faz necessário que a gente aprenda a discutir sobre inclusão. A sigla dos movimentos sociais vêm se atualizando constantemente, o que faz com que algumas pessoas leigas acabem confusas, pensando se tratar de separação. Atualmente, a sigla LGBTQIA+ é muito mais inclusiva do que a clássica GLS. A sigla GLS nasceu pela luta aos direitos e inclusão de pessoas de diversas orientações sexuais e identidades de gênero. Com o passar do tempo, o movimento passou por transformações, incluindo assim, pessoas não heterossexuais e não cisgênero. Por essa razão, novas letras foram incluídas em sua sigla e dúvidas surgiram quanto ao significado de cada uma delas.
Você precisa entender que a sigla LGBTQIA+ é um movimento político e social em luta por igualdade, respeito, diversidade e direitos para a comunidade. Ninguém está querendo privilégios, apenas existir. Entenda o significado de cada letra da sigla;
L - Lésbicas, ou seja: Mulheres que sentem atração afetiva/sexual, pelo mesmo gênero, outras mulheres.
G - Gays: Homens que sentem atração afetiva/sexual pelo mesmo gênero, ou então, outros homens. É importante ressaltar que ser homem é um gênero, então ele é gay e homem.
B - Bissexuais: Homens e mulheres que sentem atração afetivo/sexual por ambos os gêneros. Por homens e por mulheres.
T - Transexuais: A transexualidade não é uma orientação sexual, e sim uma identidade de gênero, são pessoas que não se identificam com o gênero atribuído no seu nascimento.
Q - Queer defende que a orientação sexual e identidade de gênero não são resultados da funcionalidade biológica e sim de uma construção social. Um exemplo são as drag queens.
I - Intersexo: Essa pessoas transita entre o masculino e feminino. As suas combinações biológicas e desenvolvimento corporal (cromossomos, genitais, hormônios, etc) não se enquadram na norma binária (masculino e feminino).
A - Assexual é uma pessoa que não sente atração sexual por outras pessoas, independente do seu gênero. Existem vários níveis de assexualidade e é comum que elas não vejam relações sexuais humanas como prioridade.
+ - O + foi adicionado para incluir outros grupos e as variações de gênero e sexualidade.
Então é importante que as pessoas aprendam a respeitar a sigla, porque não são apenas letras, mas uma intenção de representatividade pela comunidade e suas pautas defendidas. As pessoas incluídas como LGBTQIA+ são pessoas que sofrem preconceito, que são discriminadas, e que sofrem violência simplesmente por não se adequarem ao que alguém um dia disse que seria normal.
Me dá muito orgulho ver na televisão programas como Drag Race ou Pose, uma série grandiosa, que traz a importância da representatividade e que vai além de laços familiares. Abrem um debate para que as pessoas possam se analisar e quem sabe, adquirir conhecimento e compreendendo o porque da comunidade exigir respeito. A comunidade LGBTQIA+ não precisa ter paciência com gente preconceituosa, essa luta já começou a décadas.
Em contraposto, é lamentável a situação no Brasil; temos apresentadores de televisão dotados de preconceitos ou ideias retrógradas, tivemos um presidente que foi uma das piores pessoas para representar o país. Adolescentes são expulsos de casa e renegados pela família apenas por não se adequarem a um padrão que foi imposto pela igreja, que promove o ódio a uma comunidade que não faz mal para ninguém, que resiste para poder existir. Ninguém é violentado e assassinado por ser heterossexual.
Precisamos, com urgência, de mais políticas públicas que defendam e acolham a comunidade LGBTQIA+, que o poder público procure reeducar nossa sociedade, que mesmo contando com algum membro da família LGBTQIA+, ainda acredita que odiar uma pessoa apenas por existir possa ser configurado como opinião. Por mais que não pareça, devido o Brasil estar no mapa dos países que mais matam homossexuais, homofobia é crime e dá cadeia.
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