Com toda a certeza, uma das melhores atitudes que eu tomei na vinha vida foi se aventurar em uma casa do estudante. Viver por um tempo em um quarto com mais de 30 pessoas pode dar uma sensação de que não temos privacidade, mas a maior riqueza que tenho em minha vida foi ter tido a oportunidade de conhecer pessoas dos quatro cantos do Brasil, sem falar de moradores internacionais que passaram por lá e deixaram um pouco do seu espanhol.
Me lembro de uma menina me contando sobre a casa ser assombrada e automaticamente eu pensei em um roteiro para contar essa história no meu site (Na realidade, tenho essa história para contar um dia.). Não sou de acreditar em assombração, mas prefiro não pagar pra ver, se ela este por lá, certamente não estava no meu quarto. Talvez eu devesse resumir a casa em 2 pessoas especiais: Pedro Picolli e Carlos Coelho.
O Pedro eu acabei conhecendo em 2019, mas foi apenas em 2020 que nos aproximamos mais. Mesmo não fazendo faculdade, de uma forma aleatória acabei sendo incluído no grupo. Um cara inteligente que acabou se tornando único por ser confiável, acabou se tornando incrível por possuir uma luz dentro dele e uma sabedoria fora do comum. Em uma de nossas madrugadas na sala de TV, acabei desabafando e ele escutou tudo, exatamente tudo o que eu não tinha falado pra ninguém e nem mesmo ousei falar no site.
Em meio aos calouros, aquele estudante de física foi outro com o qual eu me identifiquei. O Carlos Coelho também tinha conversas muito legais e sabia escutar, acho que já deu pra entender que eu gosto de gente inteligente e que saiba conversar. Parece que é sempre sobre isso, sobre confiança.
Com a pandemia, não consegui voltar para a Casa do estudante e cada um tomou o seu rumo. Porém, independente da distância, o que fica é o carinho por esses dois amigos, duas pessoas que mesmo antes de me conhecer, me trataram tão bem que se tornaram partes da minha vida. Eu penso que a vida é sobre isso, sobre criarmos laços e assim termos boas lembranças...