Pessoal demais



 Quando eu paro para começar a escrever uma história nova, eu penso no que eu quero apresentar. Qual é o meu propósito? É preciso mais do que um casal, mais do que uma pessoa apaixonada. Eu quero que a pessoa que vá ler aprenda algo, ou que ela possa refletir sobre algum problema real. Quando a gente decide que precisamos ir além, meu ponto inicial é decidir a motivação, porque eu posso escrever sobre um apocalipse zumbi, mas o foco ser a família, ser o dever de se colocar no lugar de outro.

 Minha maior inspiração para me focar nesse tipo de conteúdo foi, com toda a certeza, a autora Gloria Perez. Não posso negar, desde pequeno, sempre fui novelista, então eu estava antenado em todas as produções que chegavam na telinha, eu conhecia os personagens, as histórias, e sentia aquela emoção que apenas uma pessoa que é fã pode sentir. Entender que as escolhas em O clone faziam parte do costume de um outro povo, que o tráfico humano em Salve Jorge é um problema real, todas essas informações foram me moldando.

 Eu quero ser grande, e sabemos que eu não sou o único. Cada um tem uma missão, e a minha, mesmo que com palavras, é de alguma forma tentar melhorar o dia de quem decidir parar para acompanhar. Quando eu optei pelo "café" no nome do meu blog, era porque o horário do café é um momento de apreciar, é algo que não resolve todos os seus problemas, mas te dá energia. Eu queria que o blog funcionasse como uma espécie de energia, que alguns minutos lendo, aquela pessoa pudesse sair mais forte, com mais inspiração para encarar o problema que fosse.


 Se parar para analisar, postagem atrás de postagem, tudo é sobre confiança, segurança, positividade e garra. Entender que coisas ruins acontecem e que não estamos sozinhos!


 Quando chega a hora de dividir os capítulos, tenho a preocupação de que tudo acabe tendo ligação. As ideias precisam estar interligadas, os fatos precisam seguir uma realidade, então mesmo quando eu resolvo criar uma ficção com viagem no tempo, pensei na possibilidade de que o tempo seja real, que os personagens possam debater teorias dentro de fatos que realmente aconteceram.

 Por muito tempo, a maioria dos assuntos aos quais eu decidi debater, eram coisas do meu cotidiano, que aconteceram comigo. Escrever sempre foi o meu escape, falar do meu problema e repetir quantas vezes fosse necessário que aquilo iria passar e que eu posso encontrar um lado bom no pesadelo que aquilo parecia ser.

 Ao criar um site de conteúdo, é meu dever moral conscientizar aquelas pessoas do mundo real em que vivemos. Eu não sou alguém que vive no mundo da lua então precisava falar de política e ter conhecimento sobre este universo para defender o melhor lado para a população. Com essa ideia em mente, não são poucas as críticas que você pode encontrar quando estamos falando de política.

 Alguém pode alegar incoerência na minha ideia de positividade e ver o lado bom, mas não dá para ser fantasioso quando falamos de política já que essa incompetência mata pessoas e destroi o nosso planeta.

 Infelizmente, não podemos agradar a todos, e em uma história também acontece igual. É possível que aquele leitor não goste dos rumos que a história vá tomar, que ele se lamente pela morte de uma personagem tão importante como a pianista Isabella de 1912, que eu precisei matar na minha história sobre o Titanic.

 Um dos maiores prazeres é ver que conseguimos finalizar uma história, essa conquista é muito boa, ainda mais quando eu lembro de todo o esforço que eu tive para que aqueles personagens e a mensagem que eu queria passar pudessem sair da minha imaginação. Nossa vida é feita de conquistas e precisamos saber apreciar o que fizemos, por mais que seja importante a opinião alheia, e que no fundo as coisas que fizemos sejam para o outro, é importante não esquecermos de agradar a nós mesmo.